Foi uma semana em que andei muito cauteloso e agasalhado, pois, dias antes, havia-me sido diagnosticado uma bronquite aguda.
As pistas estavam pelo mínimo, cheias de pedras e lama. Como se tratava de uma estância que já conhecia bem, acabou por não me trazer algo de novo (à excepção dos corrimões, nos quais me aventurei - algumas vezes com sucesso, outras não, neste caso foram-me deixadas alguns “recuerdos” no corpo).
Este interface foi, em certa medida, uma aventura. Eu era das pessoas que tinha mais carga, pois decidi ficar com as duas pranchas, a par do resto equipamento e bagagem (os outros dois amigos enviaram os skis para Portugal, para não os estragarem mais em rochas). Tivemos que apanhar um autocarro(1), um comboio(2) e, depois, andar a pé (uma distância que, para mim, pareceu ter mais do que 40km, mas na realidade não devia passar dos 2km).
A neve estava ligeiramente melhor que em Andorra e as estâncias que visitamos (
Um dos episódios dignos de nota que me aconteceu (e que poderia ter tido algumas consequências mais graves), foi ter sido projectado por uma cadeirinha contra uma cabine de controlo das mesmas, a cerca de dois metros de distância. Felizmente só tive um hematoma num joelho, tendo-me valido as protecções (principalmente o capacete). Portanto, nunca é demais usar protecções, pois nunca sabemos quando vamos precisar delas.
Por fim, o “apres ski” também foi muito giro e animado (onde, por incrível que pareça, até cheguei a dançar).
(1) Ainda falam mal dos Portugueses: o transporte realizou-se num vulgar autocarro de passageiros (daqueles em que os lugares estão apenas divididos por um minúsculo corredor de 50 cm), cuja paragem não existia e as pessoas entravam “à ganância”, como de um verdadeiro transporte público urbano em hora de ponta se tratasse. O mais incrível é que o senhor motorista (que nem sequer passou bilhete, apenas anotou num papel a quantia paga) não quis abrir a mala da bagagem, nem a porta de trás, pelo que tivemos mesmo que entrar com toda aquela carga e percorrer o dito corredor (sem que os passageiros facilitassem muito a passagem). Enfim…
(2) Aqui já parecia que estávamos num país civilizado e super moderno, pois era um comboio com todas as facilidades e confortos (ampla zona de carga, com suportes para skis, bicicletas, etc, janelas panorâmicas, lugares confortáveis, com tomadas eléctricas, etc, etc).
4 comments:
Nice
Muito nice mesmo!!
Estou-me aqui a roer de uma inveja saudável!! :-)
Saudável, pelo principio, não tanto pela razão que me leva a senti-la...
Pois é, aqui para o vosso amigo, a temporada da neve vai-se mesmo resumir a historias como esta (Thanks H, muito fixe mesmo - fez-me lembrar Val'd Serre! ;-) ou talvez num fds mais arrojado fazer um boneco de neve!! Isto porque consegui arranjar para aqui uma lesão no ligamento cruzado interior do joelho esquerdo, que me tira indeterminadamente de todos os planos desportivos... exepto talvez de um moreyboggie em st. Sebastian num diazito classico de verão... ;-)
Abraços
Quanto custou o bilhete do comboio?
... essa foi a melhor parte da viagem de comboio, isto é, praticavam-se preços à medida da carteira Tuga, do género: pagavas com um cêntimo e recebias outro de troco (por isso é que o "picas" nem sequer se dava ao trabalho de aparecer).
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