Voltei aos Alpes franceses, desta vez em Megeve (uma acolhedora e simpática estância, do mais sofisticado e estilo alpino; parecia que estávamos na aldeia do Pai Natal, em que tudo estava milimétricamente arranjado e decorado).
A maior parte do tempo nevava bastante (por vezes a visibilidade era reduzida demais), havia vários sectores com arvoredo; fizemos um caminho que faria inveja ao mais belo cenário elfiano, de Tolkien.
Os foras de pista, são intermináveis e de sonho; no entanto, muito facilmente este sonho se pode transformar em pesadelo, pois se não se souber por onde vai, há grandes probabilidades de acidente (precipícios, avalanche, perder-se na montanha, cair num buraco, etc) – convém fazer um reconhecimento muito cuidado para onde se vai e/ou ir com um guia local.
No último dia foi o mais brutal de sempre. Nevava temporalmente, com ventos fortes: muitos optaram por não subir.
Eu e um grupo de amigos acabamos por nos fazermos à montanha… a neve estava divinal: cada vez que voltávamos à mesma descida, reparávamos que as nossas marcas já estavam completamente cobertas com nova neve.
Apesar de o vendo ir aumentando – o que ia provocando o encerramento gradual dos sectores da estância – acabamos por ficar mesmo até à última.
Foi memorável, o único senão foi, para além de ainda estar muito “verde” em neve virgem, de ter deixado em Lx a melhor prancha para surfar nessas condições, tendo usado uma prancha de Freestyle, ou seja, a menos indicada.