Os Açores são, sem qualquer sombra para dúvidas, um excelente local para a prática de B.T.T., em qualquer tipo de modalidade, tal como um simples passeio, pedalar muito, ou mesmo nas versões mais técnicas e abusadas (downhill ou freeride).
O visual é idílico, sempre com muito verde, com prados ou vegetação verdadeiramente cerrada. Este é o grande ponto forte dos Açores, uma abundante natureza excepcionalmente selvagem e em estado bruto.
Quanto aos passeios que realizei, só posso dizer que tive o melhor cicerone que se pode ter (o “Over-x” - um amigo Açoriano que está no Continente e com o qual costumo andar), que me levou a sítios com os quais nunca poderia ter ido sozinho e me apresentou ao pessoal local (os quais foram, igualmente, prestáveis e incasáveis, no sentido de me proporcionarem uma boa experiência). Por isso, deixo, aqui uma palavra de agradecimento a todos.
Foi, porém, na Lagoa do Fogo que, não obstante ter os trilhos mais espectaculares, infelizmente, tive uma péssima estreia.
Fizemos várias descidas, mas cedo constatei que tinha que ir com calma e saber bem por onde passar, pois os trilhos eram muito técnicos: bastante escorregadios, com valetas onde podia caber uma pessoa até à cintura (o que me aconteceu numa queda), degraus naturais e buracos (muitos ocultados com vegetação). Em suma, fartei-me de cair, fazendo com que perdesse, sucessivamente, a vontade de continuar a andar.
O pior aconteceu num outro trilho da Lagoa (muito engraçado: bastante sinuoso, com sobe e desce por entre árvores) em que caí e aterrei directamente de cabeça. Foi um susto muito grande para mim, ficando algum tempo parado no chão a recuperar e a pensar no assunto, pelo que decidi parar. Em suma, com essa queda, além de ter partido a pala do capacete, tive uma distensão no pescoço, uma mazela no peito que durou meses a sarar completamente e uma queimadura de disco do travão no antebraço direito (para além de inúmeras nódoas negras nas pernas).
Para concluir, só tenho que dizer que vale mesmo a pena ir aos Açores para pedalar, mas convém conhecer algum dos “bikers” locais, pois não é fácil nem aconselhável ir sozinho, e, se não se puder fazer um reconhecimento prévio, descer com muita cautela.
Para verem o relato desta aventura feito pelo Over-x, cliquem aqui.
3 comments:
Deve ter sido o máximo, Grande HEM!
Com tanta queda só me vem à cabeça dizer uma coisa...
"Acho melhor ires buscar uma Lycrinha"
Abraço e Bom Natal
Sempre com a mania das modas, o HEM resolveu fazer duas "tatuagens" nesta viagem:
-Uma marcada a quente visando a sua paixão pelo BTT. Gravou a quente uma réplica do disco de travão no seu antebraço. Tribal.
-Uma marcada por processo quimico respeitando o bodyboard. Foi efectuada com a ajuda de uma pequena "água-viva" e deu-lhe a liberdade para se expressar livremente. Psicadélica.
Também eu já experimentei a tatuagem quimica e recomendo.
HEM não te metas é com pearcings, que isso não tem piada.
O post como sempre é muito bom e com fotos de qualidade.
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